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sábado, 29 de agosto de 2009

O ATO DE ESTUDAR

A maioria dos estudantes não consegue compreender o motivo de estudar tanto para uma determinada avaliação e mesmo assim não alcançar a aprovação. Dentre muitas explicações, a mais plausível é a de que a forma de estudar não está sendo satisfatória.
Caso você, estudante, esteja passando por esse tipo de problema, leia as dicas abaixo, pois elas te conduzirão ao sucesso nos estudos.
Paulo Freire, no seu texto Considerações em Torno do Ato de Estudar, nos chama a atenção para os seguintes itens indispensáveis ao ato de estudar:
• O estudante deve assumir o papel de sujeito do ato de estudar.
• O ato de estudar é uma atitude frente ao mundo.
• O estudo de um tema específico deve colocar o estudioso a par da bibliografia em questão.
• O ato de estudar depende de uma atitude de humildade face ao saber.
• O ato de estudar significa compreender e criticar.
• Estudar significa assumir “uma misteriosa relação dialógica” com o autor do texto, cujo mediador é o tema!
• O ato de estudar, como reflexão crítica, exige do sujeito uma reflexão sobre o próprio significado de estudar.
Como ler?
1º - delimitar a unidade de leitura que pode ser um capítulo, uma seção ou até mesmo um grande parágrafo. O que caracteriza a unidade de leitura é a apresentação do sentido de modo global. Só após o entendimento dessa unidade é possível prosseguir na investigação de novas unidades de leitura;
2º - ler repetidas vezes o mesmo texto para certificar-se do alcance da compreensão verdadeira do assunto em pauta, grifando as idéias principais de cada parágrafo; ao lado, na margem, escrevendo uma frase-resumo.
Passos
1º Leitura exploratória – é a fase em que se deve prestar atenção à diretriz do pensamento do autor. Neste primeiro contato, dependendo das motivações da leitura, o leitor poderá levantar outros elementos que possam esclarecer mais a leitura. Nessa primeira leitura corrida não convém resumir nem sublinhar as idéias-chave. Todavia, é possível elaborar um modo sucinto, um esquema das grandes partes do texto, de preferência dos três momentos da relação: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, que expressam a estrutura lógica do pensamento do autor. O esquema para visualizar o texto de modo global. Poderá procurar dados sobre a vida e obra do autor, sobre o momento histórico que ele viveu, sobre as influências que recebeu e até mesmo se elucidar sobre o vocabulário que ele usa.
2º Leitura analítica – é a fase do exame do texto ou, como diz Paulo Freire, fase “da relação dialógica com o autor do texto, cujo mediador não é o texto considerado formalmente, mas o tema, ou os temas nele tratados.” Nesta etapa é necessário deixar o autor falar para tentar perceber o quê e como ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao texto, geralmente surge na mente um conjunto de perguntas, cujas pessoas revelam o sentido e o conteúdo da mensagem.
3º Leitura interpretativa – o ato de compreender se afirma no processo da interpretação, que afinal expressa a nossa capacidade de assimilação e crítica do texto. Nessa nova etapa de interpretação já não mais estamos apreendendo apenas o fio condutor do raciocínio do autor como na leitura analítica. Estamos nos posicionando face ao que ele diz. Para isso precisamos muitas vezes de outras fontes de consulta. Elas deverão servir para ampliar a nossa visão sobre o assunto e o autor e deste modo servir de instrumento de avaliação do texto.
A Crítica
O que você entende por crítica? Repare que o ato de criticar é um juízo. Como criticar sem conhecer a matéria que está analisando? Criticar por criticar é um ato psicológico, mas não estritamente lógico. É o ato de se contrapor, mas na maior parte das vezes, sem fundamentos por falta de exame. Como estabelecer a verdadeira correspondência entre os conceitos de um texto, se não estabeleceu a ligação ou a separação entre os dados?
O ato de estudar é um ato lógico, que exige uma consciência e um domínio dos processos intelectuais próprios à abordagem dos problemas. De imediato, as coisas ou as idéias surgem numa unidade confusa, indiferenciada, sincrética, que exige uma postura de análise e síntese.
A análise é um processo de decomposição de um todo em partes, visando separar os elementos de uma realidade complexa que pode ser tanto um objeto individual ou uma idéia.
A análise não é apenas uma operação, é também um método, nesse sentido a análise é uma divisão, parte de um dado singular, para chegar aos princípios gerais.
A síntese é um processo de composição dos elementos visando chegar a uma totalidade. Mas também é um método que, partindo de um todo, estabelece ordem entre os elementos chegando ás últimas conseqüências.
Embora a análise muitas vezes se oponha à síntese, elas devem em geral caminhar juntas, já que uma complementa a outra. Se só se usa a análise há o perigo de se perder a visão de conjunto. Se só se emprega a síntese, pode-se alcançar o nível de interpretação arbitrária.
Se o pensar não se identifica ao raciocinar porque sua extensão é mais ampla, todavia é impossível pensar em se usar os procedimentos da razão. E só deste modo se pode argumentar, demonstrar e conseqüentemente criticar.

SIGAM ESSAS DICAS E BONS ESTUDOS!

Fonte: http://www.silviamota.com.br/EMERJ/dirnotarial/texto_leda_miranda_huhne_o_ato_de_estudar.doc

O FANTÁSTICO MUNDO DAS ARANHAS

Anatomia
Todas as aranhas apresentam o corpo claramente separado em duas regiões distintas: o prossoma e o opistossoma . O prossoma é a região mais anterior. Tem seis pares de apêndices articulados: as quelíceras, os pedipalpos e quatro pares de patas locomotoras. O opistossoma é a região posterior e também a mais flexível e expansível do corpo. Os únicos apêndices articulados presentes no opistossoma são as fiandeiras.
Biologia
A maioria das aranhas constrói ninhos. Estes servem para proteger a aranha enquanto põe os ovos ou para proteção das ootecas e, dependendo da espécie, a aranha pode ou não abrigar-se no seu interior para defender os seus ovos.
Todas as aranhas, sem exceção, são capazes de produzir seda. Usam-na para diversos fins: dependendo da espécie, pode ser usada para construção (ootecas, ninhos, teias de captura, abrigos), caça, defesa, orientação e segurança.
De uma forma muito generalizada, podemos dizer que as aranhas capturam presas de duas formas: com ou sem teias. Em ambos os casos, as estratégias de captura são extremamente variadas.
Apesar de serem predadores bem sucedidos, as aranhas possuem um grande número de inimigos naturais que variam de acordo com a espécie de aranha. Os vertebrados são, se não o mais importante, certamente um dos mais importantes grupos de inimigos naturais das aranhas. Quase todas as aranhas podem fazer parte da dieta de anfíbios (rãs, relas, sapos, salamandras e tritões), répteis (cobras, lagartos, lagartixas, fura-pastos, camaleões), aves e mamíferos (principalmente ratos, musaranhos, ouriços, gatos, saca-rabos).

Evolução
Assim como os insetos, as aranhas colonizaram o meio terrestre modificando a maneira como respiram, se movem, se reproduzem e capturam alimentos, com relação a seus ancestrais aquáticos. Para respirar fora da água, elas desenvolveram a respiração traqueal, e para capturar presas, elas desenvolveram fiandeiras que produzem seda.
Aranhas e o ser humano
As aranhas muito raramente são agressivas para com um ser humano. A grande maioria das picadas em pessoas resultam de contatos acidentais como, por exemplo, algum macho a sair em busca de fêmea e que possa entrar nas nossas casas. Por vezes, mesmo a dormir, podemos apertar alguma pequena aranha que se possa estar a deslocar durante a noite. Esta é uma situação mais comum do que a maioria das pessoas suspeita. Mesmo as espécies com venenos fortes são, frequentemente, relutantes em usá-los como defesa. São relativamente poucas as espécies capazes de provocar efeitos graves em seres humanos. Quando falamos sobre quais espécies são mais "venenosas" devemos ter presente, logo à partida, que os venenos e os seus efeitos não são comparáveis. Existem diversos tipos de substâncias que atuam de formas totalmente diferentes e cada veneno é uma mistura de substâncias sendo por isso muito difícil dizer qual é mais potente ou mais forte que outro.


ALGUMAS ARANHAS ENCONTRADAS NA MATA ATLÂNTICA- SUL DA BAHIA
**Gostaria de agradecer à minha amiga, a bióloga Natália, pelas imagens cedidas do seu acervo fotográfico de aranhas.